Mamede Gilford de Meneses
Itapipoca / CE

 

 

Um trovador honrado

 

Estou desolado
Pois minha cara-metade
Em juízo desalmado
Trocou-me por um confrade
E, eu, feito bobo
Assumi a sofrência
De um jovem lobo
Marcando a distância
De arder a presa.
Enquanto um alado
Pôs-me a destreza
De um trovador honrado,
E a autoestima
Deveras sorrindo
Deu-me a rima
Do acre sumindo.
Belo bônus!
Desde então
Assumi o “ônus”,
Pus fim à lesão
E a linha-sorte
Com esmero
Passou-me o norte
Que tanto espero.
Ele é a luz
Do amor verdadeiro
E nos conduz
Ao canteiro
Fértil da paz
E algo mais.

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Grandes Nomes da Poesia Brasileira" - Junho de 2018