Dayana da Silva Rodrigues
Indaiatuba / SP
Divagações desamor
Quisera eu poder voltar no tempo,
Fugir dessa onda artificial... Ilusória.
Um afago seria, para essa minh' alma simplória,
Embora de culpas, meu coração seja isento.
O amor, de fato, tornou-se uma lenda,
Uma piada aos ouvidos da modernidade,
Um elo perdido do D.N.A na hereditariedade,
Entre corpo e alma abriu-se terrível fenda.
Agem instintivamente em busca de prazer,
Poder e orgulho ao ego inflado,
Para si, conquistas como regalo...
Para o outro... Que importa se sofrer... ?
Por onde ir, àquela estação?
Gratidão, gentileza, compromisso, respeito...
Será que o trem está com defeito?
Preciso voltar, para onde os valores reais estão.
Bradam por amor, mas nunca em nome dele,
Tolos, cegos, perdem-se a andar...
Culpa de quem não soube amar,
Mesmo que a verdade reluzente lhe espelhe.
E nessa prosa envolto dissabor,
Perdi novamente minha passagem,
Sentar aqui, sozinha com minha bagagem...
Quem sabe não passe por aqui o próprio amor... ?!
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