Maria Ioneida de Lima Braga
Capanema / PA
Reflexão
Hoje cedo meu coração à janela,
Pelo translúcido da chuva.
Via passar lentamente um cenário de semblante sério...
Em mazelas empedernidas.
Na vida sem brilho, sem atrativos e vazia.
Encenando num palco de almas perdidas.
Dúvidas sombrias, obscuras.
Decepcionadas, individualizadas e imóveis.
De repente, a esperança como cabeça a repousar no colo,
Move o pensamento, então, o semblante suaviza-se, e exclama:
“Oh! Deus... Perdão! Nem tudo está perdido”!
Ainda é possível amar,
Ainda é possível sorrir.
Este, é o reflexo espontâneo que reflete a mão divina.
Aquele, pelo imenso prazer de estar vivo.
Amar, porque o amor é a magia que silencia a palavra.
Sorrir, porque o sorriso é o encanto que marca o instante...
O amor desarma a agressão.
O sorriso eterniza o silêncio.
E ambos transformam o coração.
A chuva passou.
O sol apareceu.
É... A vida é breve, irmão.
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