Alberto Magno Ribeiro Montes
Belo Horizonte / MG

 

 

O canto da sereia

 

Algumas pessoas riem…
Riem não sei de quê.
Algumas pessoas choram…
Choram não sei por quê.

Não quero ir a Marte
Quero apenas amar-te.

Minha poesia é livre…
Como o sol na peneira
Feita de versos
Que fluem lentamente
Como um rio a alimentar
Meu infinito mar interior.

Meu verso é livre…
Como o pó na poeira.
Algumas pessoas perguntam-me
O que quero dizer com ele
Não quero dizer nada
Quero apenas escrever
Obedecendo ao chamado
Do canto da sereia…
Ao qual não conseguimos resistir
Canto suave e belo
Que nos conduz ao fim.

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea" - Agosto de 2017