Claudia Fontenele Alves da Silva
Águas Claras / DF

 

Como pode?

 

 

Como pode doer tanto?
Certas verdades, assim?
Certas mentiras ditas?
Como pode?!

Preferiu calar-se.
Preferiu omitir-se.
Preferiu o pranto.
Por quê?

Basta de hipocrisia.
Basta de ingenuidade.
Basta de lágrimas.
Basta de saudade.

Prefiro o pranto.
Prefiro a verdade
A tantas mentiras.
Mesmo que doa tanto.

Prefiro a saudade.
Prefiro calar o peito
Enquanto omito o amor
Que só deixou cicatrizes.

 

 

 
 
Poema publicado no Livro de Ouro da Poesia Brasileira - Edição 2018 - Agosto de 2018