Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

Poesia da esperança

 

 

Maltratada, humilhada, abandonada,
Segue a poesia em tempos de dor…
Iludida, sangrada, desamparada
Segue a poesia em tempos de crise da razão…

Perseguida, contrabandeada, ofendida
Segue a poesia em tempos anti-civilização…
Violentada, aviltada, sobrevivente
Segue a poesia em tempos de extermínio…

Não se sabe aonde tudo isso vai dar
Quantos versos mais serão atingidos
Se a opressão da insana corrupção
Silencia as vozes que gritam em seus quintais!!!

Em todo lugar há quem ainda defenda
Homens bichos que enganam
Até quem pensa que tem razão
Perdendo de si seu próprio sentido de ser

Mas, como sou poeta da esperança
Escrevo de meu quintal poético
Versos que ditam aos opressores feitos de nazis tecido
Que vossas covas também estão abertas
Por vossas próprias mãos!

 

(Poema em homenagem ao amigo Alex)

 

 

 
 
Poema publicado no Livro de Ouro da Poesia Brasileira - Edição 2018 - Agosto de 2018