Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

 

Primavera de uma sereia


Nasceu há alguns anos atrás uma pessoa que veio ao mundo com a bela missão de cumprir sua existência nas terras lusitanas...
Nascida como mulher feita por um tempo cruzado por força que emerge do destino que a predestinou. Destino de vencedora, batalhadora, humanamente cercada pela leveza do universal que a habita.
Hoje, no cruzar dos tempos, do antes, do hoje e do porvir, ela torna-se a sereia-do-bom-viver feita de desconstruídas formas de ser e habitar, de ter, viver e mergulhar...
Nada a impede de ser o que o seu devir a aguarda. Mas, agora, nesse momento, ela é a estrela do dia, o cometa que virá. A palavra transcrita em verso. O assalto da palavra transgredida. O grito do silêncio sufocado. A alegria inédita a transbordar no seu intenso afluente de signos movente...
Sem delongas, Yara Spitz não é uma espiã do tempo silencioso, mas sim uma espiã vanguarda dos novos tempos límpidos, hibridamente enfeitiçada pela arte de ser e estar no mundo.
O narrador, o poeta que não mede esforço para escrever esse ensaio com a cara de uma narrativa conduzida poeticamente pela proeza das coisas mais simples da vida, e dentre essas coisas mais simples da vida, o nascimento é sempre um fato importante na vida da personagem principal desta história que ora eu vos conto.
Yara saiu do Brasil para tentar a vida em Portugal, e la esteve primeiramente nas terras de Porto. Lá conquistou rapidamente aquele belo lugar. Instalou-se, estudou arduamente, mas também foi feliz, amou, acreditou, correu atrás de seus sonhos…
Mas as águas da vida a levou para Covilhã, cidade que eu, narrador desse ensaio narrativo, a conheço. E que lugar! É a princesinha da Serra da Estrela, onde a neve durante o verão transforma a Serra num espetáculo de mil maravilhas!
Lá, Yara resolveu estudar na UBI e está a concluir o Mestrado. Sente-se feliz por viver, poetizar, contemplar as belas ruas daquele lugar, visitar os belos bares que lá existem. Fazer amigos, perambular, ser feliz! Enfim, como narrador que neste momento deixa-o de ser, pois também é personagem desta história em construção, e faz parte da caminhada da personagem central desta história contada por meio de sons, letras, ritmos e sentenças que se unem para dar conta da rápida história de uma guerreira brasileira que agora é luso-brasileira.
O narrador respira. A alegria age como vento a bater em sua face, fazendo-lhe lembrar do tempo em que viveu, aprendeu, vislumbrou-se, poetizou com os encantos desta cidade chamada Covilhã. Covilhã, amada pelos lusitanos, Covilhã que guarda em suas ruas histórias de um longo passado, casas, prédios que nos fazem lembrar da época áurea em esta cidade dominava a produção de lã no país!
É nesta cidade que Yara, a escolhida cidadã covilhense, covilhaense ou covilhana, resolveu construir uma vida que vai marcar para sempre a sua vida, pois muitas primaveras virão, como outras estações estarão a proteger a bela cidade que eu aprendi a amar.
A personagem principal desse texto é uma mulher simples que em breve realizará um sonho que aqui ainda não posso contar para que o leitor se sinta abraçado pelo milagre do segredo, do suspense de novos episódios que a personagem enfrentará, E eu, narrador, viajante das palavras, do dizer pelas beiras do dito, sei que esse sonho a fará ser e estar melhor, pois “tudo vale a pena quando a alma é pequena”.
O narrador se despede, desejando a Yara, como comandante do belo grande mar, realize seus sonhos, porque é de sonhos que se vive a vida! Parabéns! Parabéns! Parabéns!
E o vento levou… levou a poesia deste momento, levou a transformação, levou o verso feito de potência da vida, poesia que jamais faltará nos corações daqueles que fazem da vida um encanto de encontros.

(Homenagem a Yara Spitz, minha amiga luso-brasileira)


 




Conto publicado no "Livro de Ouro do Conto Brasileiro"
Edição Especial - Outubro de 2020

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