Abraão Leite Sampaio
Governador Valadares / MG

 

 

Queda dos "Adornos"

 


Suave, delicada... romântica e reflexiva
Assim é a nossa amada língua nativa
Mas ao grafá-la vem o embaralhar
Dos infindáveis acentos a colocar

Crase?... será só questão de inclinação
Que diferenciam grave do agudo
Não!... neste caminho tem junção, união... contração
Habilitando artigo a postar-se com continência
Em posição de sentido exaltando duplicidade

Trema... charmoso como gotas de verão
Não pode mais acomodar-se
Em sua mais aconchegante e doce companhia
O expulsaram por completo... até de sua amada poesia

Circunflexo, sombreiro cobiçado
Por várias foi rechaçado
As coniventes pela duplicidade
O baniram sem piedade
                                                                          
Agudo... quiçá o menos sacrificado
Andarilho inveterado perambulava por todo lado
Sua fiel escudeira as proparoxítonas
Mostraram-se fiéis companheiras

Traços marcadores, que surgem como pingentes
Denotando as ações... abrilhantando o idioma de Camões
Jamais se extinguirão por serem as luzes incandescentes
Que nos dirigem... nas mais emotivas declamações.

 




Poema publicado no "Livro de Ouro Poesias "- Edição 2021 - Outubro de 2021

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