Ismar Carpenter Becker
Rio de Janeiro / RJ

 

 

Luto diário

  

De um amor onde a saudade goteja o coração
sangrando num rompimento abrupto
Luto diário de perdas que jamais retornarão em pensamentos inseridos
Imagens de uma retina chorosa
Luto diário, angústia noturna da solidão
Sentindo o peito arfando de saudade
Se consolando com palavras que são apenas analgésicos que aliviam a dor
A alma enegrece, fica sem brilho, opaca, energia finda
O pensamento tenta reviver momentos pretéritos e alegres
Volta-se ao ponto zero
O caminho continua sob pedras atalhos
Tentando não recuar
O relógio segue contando minutos, segundos, horas
Lágrimas solitárias escorrem de olhos marejados
E a vida a continuar

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Outonais" - Julho de 2019