André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

 

Aqui estou...

 

 

E eu aqui estou... De novo, do povo, sou eu neste lugar
Lugar comum, lugar em mim?...
A impressão que tenho: entrei por uma porta, saí por outra...
Por uma porta escura e outra clara, rara...
E eu aqui estou... Novamente, mente, demente, crente...
Lugar em mim que sente, desmente, que se ressente, recente...
E eu aqui estou, lugar incomum, em mim...
No amanhecer pra ser, um ser, crescer, sem perceber...
Morrer... Viver!
E eu aqui estou... Num teatro, num ato, no meu quarto...
Do parto da noite, sou eu nascimento, renascimento...
Depois dos bastidores, atores das dores, sofrimento
E eu aqui estou no tempo, em outro ato em que reparto
Em mim, passado e futuro em meu presente contrato...

E eu aqui estou em outro amanhecer
Igual a qualquer outro, mas tão diferente
O sol existe, sei... Porque o céu desmente?
Agora tão nublado, tão fechado ser...
Não sei exatamente o que se quer dizer
Só sei que está chovendo sobre o chão temente
E que o mundo sofre, mas não inocente
E que o natal passou num raio sem se ver...

Mas mesmo como um átomo se o tempo voa
O que ficou ecoa na palavra boa
Do Mestre desta vida tão diversa enfim...
E eu aqui estou pronome eu... Nos meus
Diversos Fatos, atos que me deram adeus
Sou eu aqui de novo, sonhos meus em mim...

 

 




Poema publicado no Livro "Poemas Dedicados"- Edição 2021 - Novembro de 2021

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