Sueli Dutra
Florianópolis / SC

 

 

De onde vem essa guria?

 

Das maçãs olha-se o rosto.
Rosácea é a sua timidez.
Quando dos olhos saem o profano,
Talvez o rubor seja, apenas, insensatez.

Nasce o dia vem a noite.
O olhar, equidistante, reluz em ousadia.
Vestida de sonho, sensual, caminha...
Como saber de onde vem essa guria?

Passos livres, leves, soltos...
Arrebanham pegadas seguidoras.
Eis aí o frenesi e as fantasias, para sempre tentadoras.

No caminho deixa a sua marca.
Entontece e deslumbra quem a segue...
Quem a perde de vista chora, fica refém, e nem percebe.

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos Mágicos de Poetas Encantados" - Julho de 2018