Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA
Eterno mar de saudades
Há tempo pra tudo
Tempo pra viver
Tempo pra morrer
Tempo pra chorar
Tempo pra rir
Tempo pra abraçar
Tempo pra sofrer
Tempo pra escrever e sentir dor
Tempo pra acalmar
E andar pela praia
Para sentir a brisa viva do vento...
O tempo a distrair os seres em seu manto finito de ser,
Só não há tempo para se despedir
De quem amamos
Porque a vida é precária em sua construção
E o tempo voa... e de repente
Somos por ele consumidos
E como um papel que tanto foi preenchido
Por tantos signos vivos, são agora supultados
Violenta e silenciosamente...
Com a dura partida de quem parte sem despedidas...
E como uma folha a cair de uma árvore da vida
Ou como uma página arrancada de um livro
Parte sem a consciência de sua partida
Deixando na vida de quem aqui permance vivo
Uma lacuna feita de frágeis silêncios doloridos,
Um eterno mar de saudades...
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