Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

 

A beleza bêbada e efêmera dos transgressores

 


A beleza bêbada e efêmera dos transgressores
É feita de desvios e moventes contradições
São desatentos em sua disponibilidade
Mas são gigantes em sua autenticidade
Porque estão sempre em desconstrução
Em estado de desatina transformação
Por isso criam ideias bêbadas numa velocidade
Que atinge o tempo em sua transgressora a-temporalidade
São bêbados os que dormem e sonham descentrados do mundo
Desregulados de suas velhas identidades!
Na realidade dificilmente se identificam
Devido a dificuldade de fixar e definir as coisas
Que estão em estado de deslocamento constante!
São os transgressores da ordem estabelecida
Porque pela ordem os homens são escravizados
Por meio de estratégias de sanguessugas do poder
Homens capitalizados e interpelados por uma vontade
De ter mais, e ter mais, sempre ter mais
Às custas do sistema reprodutor de desigualdade
E da extrema necessidade de monólogos ideológicos
Que beneficiam sempre os poderosos corruptos
Da sociedade opressora!
Aos transgressores alcançamos a trilha que nos leva
À tomada de consciência de que podemos tudo
Quando estamos dominados por uma força de vontade
Que impeça que os dominadores do poder
Continuem dando ordens de seus palácios imperiais!

 

(Ao meu amigo, Dr. Brito, com admiração e amizade)

 

 

 

 

 




Poema publicado no livro "Poemas para todos os amores"
Edição 2021 - Julho de 2021

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