Mamede Gilford de Meneses
Itapipoca / CE

 

Ignoro teu nome

 

Quando pus na tua mão
O buquê das lindas flores,
Os teus olhos em clarão
Buscaram os sabores
Dos beijos que trocamos
Na sombra da roseira
Que em belo dia semeamos
No sopé da corredeira.
Esta, por ser água
Plenamente natural,
Desnudava sem mágoa
A expressão corporal:
Da loira branquinha,
Da sensual mulata
E da poderosa pretinha;
Sob a lua cor de prata.
Imune a cheiro de dúvida
Ignoro o teu nome!
Mas, o ID da minha vida
Por capricho infame
Vez em quando te chama...
E cheio de carinho
Diz que inda te ama
E, te espera no mesmo cantinho.

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Raízes donde brotam meus versos" - Junho de 2019