Oelton Medeiros dos Santos
Marabá / PA

 

Casa da Mãe Maria e do Filho Jesus

 

 

Não quero ser tachado de hipócrita, nem daquele que enxerga um cisco no olho do outro, quando tem uma trave no seu, ou Maquiavel onde "o fim justifica os meios" ou seja, se o objetivo é bom, não há problema em fazer coisas más para concretizá-lo. Matar pode ser errado, mas matar um assassino com o objetivo de salvar várias outras vidas, seria justificável. 
Sei que temos problemas demais para ocuparmos, mas é inadmissível que nesse tempo em que estamos vivendo duas criaturas tenham a coragem de ferir uma comunidade e as autoridades de Xinguará, no Pará, e todos ficarem calados concordando com um despautério deste. 
-Quê despautério?
-Os sádicos.
Cortaram seus galhos, serraram seu corpo em toras, suas folhas atearam fogo, e suas raízes foram extraídas do solo com uma retroescavadeira... com certeza isso é uma atitude sádica.
-Como pode!!?
Nas sete Campanhas da Fraternidade, lançadas anualmente pela Igreja Católica Apostólica Romana, de 2011 até 2017, havia preocupação com a preservação do meio ambiente e sua sustentabilidade, fazendo reflexões sobre a vida, especialmente sobre a vida humana, e como podemos conviver com a natureza sem destruir e preservar para o futuro dos nossos filhos. Seu objetivo é despertar a solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos de solução. A cada ano é escolhido um tema, que define a realidade concreta a ser transformada, e um lema, que explicita em que direção se busca a transformação.
Começou com a Campanha da Fraternidade 2011 - Com o Tema:  Fraternidade e a Vida no Planeta e o Lema: "A criação geme em dores de parto" 
Em 2012, o tema da Campanha foi "Fraternidade e Saúde Pública". Com o lema: "Que a saúde se difunda sobre a terra". Esta Campanha pretendia sensibilizar a todos sobre a promoção da saúde e práticas de vida saudável.
A Base da CF 2016, tinha como tema: “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. A iniciativa era de chamar atenção para a questão do saneamento básico no Brasil e sua importância para garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos.
A Campanha da Fraternidade (CF) 2017 terá como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação”. Essa iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta o texto-base da CF 2017 que terá como proposta principal dar ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à luz do Evangelho. Segundo o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.
Somente 3 Campanhas: a Campanha da Fraternidade de 2013, a Campanha da Fraternidade de 2014 e a Campanha da Fraternidade 2015 em que os temas e os lemas foram destoantes das demais. Pois quase todas as Campanhas da Fraternidade teve como objetivo geral “assegurar o direito de viver em um ambiente saudável e melhor para todas as pessoas, devemos empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da nossa Casa Comum”. É um direito humano fundamental e, como todos os outros direitos, requer a união de esforços entre sociedade civil e poder público no planejamento e na prestação de serviços e de cuidados. Por isso é uma Campanha Ecumênica, pois a questão do meio ambiente não afeta apenas os católicos, mas todas as pessoas, independente da fé que professem. Há que ter em mente que a “justiça ambiental” é parte integrante da “justiça social”. Nossas escolhas para a preservação da vida no planeta Terra, devem ser orientadas por critérios coerentes com o propósito de mais justiça e paz. Tais escolhas devem contribuir para a superação das desigualdades e das agressões à criação. As preocupações e consequentes as ações no âmbito do meio ambiente passam a incorporar não só ações para a preservação ambiental, mas busquem também construir a justiça, principalmente para os pequenos e pobres.(Fontes: Wikipédia, a enciclopédia livre e CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.)
-Vivemos num mundo de analogias e meras imitações?
-Sei lá! Sei lá...
Dois Padres da Paróquia São José Carpinteiro, não tendo o que fazer, e querendo subtrair o mister dos Profissionais da engenharia, resolvem reformar a praça da Igreja Católica extirpando uma dúzia de árvores, dentro elas três palmeiras reais. E para quê? Construir um estacionamento para os Doutores estacionarem seus reluzentes possantes.
- Uai sô?!
Um conterrâneo meu falava, que o Demônio quando acha uma cara, ele faz o nariz do tamanho que ele quer.
Como duas pessoas que têm um alto conhecimento, tanto da palavra, como da vida, resolvem na calada, cometerem um crime ambiental desta magnitude? Seria melhor Vossa Reverendíssima atentar de cuidar das almas de suas ovelhas, e o dinheiro gasto nessa reforma seria bem mais utilizado para saciar a fome de quem têm fome de pão. Sei que a Igreja é de todos os Santos e Pecadores, agora gastar o dinheiro com uma obra irrelevante para dar conforto a quem já tem muito... é um erro crasso. 
Não vou ficar pensando na morte da bezerra e nem vou colocar panos quentes, amanhã vou procurar o Ministério Público, pois somente ele é o fiscal das leis, já que os trapalhões não obedecme a lei do nosso Senhor YHWH, e não são carpinteiros, tampouco engenheiros.

 

 

 

 
 
Poema publicado na "Seleta de Contos de Autores Premiados"- Edição Especial - Janeiro de 2017