Claudio Carvalho Fernandes
Teresina / PI

 

Um fantástico conto dos vigaristas

 

Era uma vez um povo sem voz nem vez, que sofria com a exploração/opressão de mais de 500 anos de parasitas de uma suposta "elite" (na verdade, os/as mais fuleiras maus caráteres  do mundo inteiro, além de seus patrões ianques, ou para ser politicamente "neutro", estadunidenses), até que conseguiu eleger um governo popular progressista, mas ainda de conciliação, que conseguiu façanhas incríveis, jamais reconhecidas pelos reacionários direitistas, embora estes, capitalista$$ (com dois c(h)ifrões, de SS neofa$$cinazi$$ta) de proa e respectivos sabujos/as $$卐卐 de toda espécie, tenham TAMBÉM se beneficiado com o progresso obtido nas mais diversas áreas.
Se os mais jovens não lembravam, os pais certamente deveriam lembrar de um tempo em que o Bras(z)il, esse era o nome do país, foi governado pelo Partido dos Santos (e Santas) Do Bras(z)il, P$$DB, quando não havia aumento de salário-mínimo nem emprego e faltavam universidades e programas habitacionais para todos/as e viajar de avião, comprar carro e levar a família ao restaurante era privilégio de poucos. Só não via quem não queria ver que nem mesmo um outro mau presidente, o Sir Ney, conseguiu a façanha que os tunganos mais-preparados e cheirosos conseguiram: pegar o Bras(z)il de 8ª economia do mundo em 1980 e derrubar pra já caindo para 14ª no ano 2000, tempo de aumento do desemprego, de 1,8 milhão para 11,5 milhões... O presidente tungano FHgáC representava um modelo que quebrou o País três vezes, abafou todos os escândalos de corrupção, privatizou o patrimônio público a preço de banana, causou desemprego altíssimo, arrocho salarial e recessão, se curvou ao FMI e esqueceu os mais pobres...
Mas nos últimos 13 anos o povo bras(z)ileiro melhorou de vida numa velocidade nunca antes vista. Para isso houve a garra da gente bras(z)ileira e as oportunidades que o Bras(z)il passou a lhes oferecer, mudando por completo a pirâmide social que passou a ser um losango com 59% da população na classe média e a pobreza caiu pela metade: de 53% para 26%. E assim, nos sucessivos três, quatro governos progressistas os programas de inclusão social foram mantidos, aprimorados e aprofundados mas o partido dos trabalhadores progressistas cometia o "erro de facilitar o acesso do povo a bens pessoais, e não a bens sociais".
Mesmo assim, a maioria da população apoiava o que acontecia de bom no País nos governos progressistas. Gente do povo e poetas cantavam em verso e prosa a luta do bem popular contra o mal das supostas "elites", e até se questionava a suposta imparcialidade da grande mídia, na verdade, manipuladora/manipulada e sectária.
Vieram então os prenúncios de um futuro golpe contra a democracia, contra o povo, e esse povo, manipulado pela mídia, via, passivo, sua realidade tornar-se, cada vez mais, pior. Primeiro foi o Mentirão, que era motivo já suficiente para estabelecer-se alguma providência mais adequada contra o reacionarismo da direita mas foi somente percebido como efetiva ameaça para a democracia por uns poucos :A trama da época era assim: o P$$DB e demais direitistas faziam todo tipo de maracutaia, superfaturavam qualquer obra em seus governos, compravam reeleição, isentavam de impostos os ricos empresários e venderam tudo o que puderam do patrimônio público subsidiado com o dinheiro do povo bras(z)ileiro. Depois que tudo era descoberto barravam CPI’s para não ter investigação e as denúncias eram levadas para debaixo do tapete ou deixadas esquecidas por um engavetador qualquer da justiça. Além disso, o canalha PIG (Partido da Imprensa Golpista, que era a míRdia que se acreditava dona de mandato divino para governar) apoiava tudo se omitindo e não dizendo nada do que estava acontecendo. E ainda os Senadores e Deputados Federais desses partidos tinham a cara de pau de apontar o dedo sujo para os progressistas, que, dentre outras coisas, não fizeram a reforma no Judiciário, a Lei de regulamentação dos meios de Comunicações pois nunca conseguiram maioria própria no Congresso do país porque os eleitores votavam também em alguns, muitos retrógrados para o Senado e a Câmara Federal. Mesmo assim, o povo ainda cantava suas conquistas.
TVs e jornais oligarcas batiam seletivamente no governo. Isso foi envenenando progressivamente grande parte da população, alienada pela ditadura midiática que assolava o país.
Mas o pior de tudo foi o governo progressista quase nada fazer contra isso. E assim se foi mal vivendo: A cada semana, novo espetáculo sensacionalista de uma operação caça-progressistas apelidada de Leva Jeito (de embuste), a mídia envenenando a população bras(z)ileira sem qualquer contraponto oficial. Foi tolerante com a mídia criminosa, cujos donos deveriam estar é na cadeia, o que veio absurdamente a acontecer mais tarde foi com o principal líder progressista, que só entrou para valer – publicamente – na luta contra a Leva Jeito quando foi sequestrado por um juizeco de 1ª instância de direita e seu bando antiprogressista. Preferiu-se brincar de republicanismo (sendo mais democrata que a própria democracia) quando os inimigos usavam os mais diferentes métodos não republicanos (nem democráticos) para chantagear e bombardear diariamente o governo, que ficou com medo de meia dúzia de babacas da classe méRdia que batiam panelas.
O governo foi colhendo impopularidade, sob ataques permanentes de ferozes inimigos.
E aí o Golpe de 2016 no Bras(z)il. E a Leva Jeito, heim? Os danos causados pela Leva Jeito (de Golpe) à economia bras(z)ileira e ao emprego superaram em muito o custo da corrupção que os defensores dela diziam combater.
A ditadura midiática que ainda hoje assola o BraS(z)il quis sempre passar a impressão de que o Estado brasileiro era corruto e o campo privado  virtuoso... A grande mídia é o maior inimigo de uma nação soberana chamada BraS(z)il.
O Golpe de 2016 foi e continua sendo um golpe parlamentar(pralamentar)-jurídico-midiático.
Viva o povo bras(z)ileiro! Abaixo os golpistas! Luta liv(r)e ! ! !

 


 
 
Publicado no Livro "Seleta de Contos de Autores Premiados" - Edição 2018 - Setembro de 2018