Elizabeth Maria Chemin Bodanese
Pato Branco / PR

 

Doloroso grito silencioso

 

Oh! Meu Brasil!
A força do discurso alienante,
Jugo dominante,
Arrasta pelas estradas da vida,
Corpos cansados,
Pela dor assinalados.

Vives tu este tempo severo,
Quando até o Sol parece querer queimar
E se vingar dos corpos a se arrastar...
Mas, por que te deixas enganar?

Vida Severina! Severina vida!
Vida amarga e aflita...
No teu lento e doloroso grito silencioso
Lágrimas de sangue marcam o teu caminho...
Caminho sozinho, sozinho, sozinho...

Severa vida não escolhe idade!
Nem mesmo os versos do teu poeta
Abrandam a sina do protagonista
Silenciado pela severa vida
Um dia já anunciada pelo profeta.

As correntes estão nas mentes
Acomodadas e dominadas...

Onde te encontras braço forte?
Meu Brasil, outrora o filho teu...
Defender-te até a morte, não prometeu?

 

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos nossos que vencem as Severinas" - Março de 2018