Iane Giselda de Cougo Souto
Florianópolis / RS

 

 

A bolsa da mamãe

 

Era inverno e eu e mamãe íamos ao hospital marcar e fazer os exames de rotina. Como estava muito frio mamãe colocou um ponche e por baixo colocou a bolsa no braço. Caminhamos várias ruas num frio que assustava; íamos muito rápido. Pegamos um táxi e entramos num engarrafamento, o que fez com que demorássemos muito para chegar ao hospital. Em lá chegando,  mamãe, de repente, gritou: “Perdi a bolsa com todos os pedidos dos médicos! Vamos voltar, quem sabe a gente ache a bolsa!”
O motorista do táxi nos deixou no ponto e nada de bolsa. Mamãe queria ir de táxi para casa e eu não concordei. Disse: - Vamos andando, quem sabe achamos a bolsa na calçada. Mamãe concordou e descemos do táxi.
Caminhamos umas três quadras e... lá estava ela a na calçada : a bolsa! Mamãe ficou radiante, tudo dentro da bolsa, documentos, requisições médicas. Fomos para ponto de ônibus, pois não tinha táxi no ponto. Chegamos a tempo de mamãe marcar seus exames e eu de entregar o material para o meu exame.
Era dia dos namorados e mamãe chegando a casa fez um belo almoço para o papai.

 

 

 

 
 
Publicado no Livro "Toma lá!!! Dá cá!!!" - Edição 2018 - Janeiro de 2019