Neuza Mary Rodrigues
Cabo Frio/ RJ

 

 

A paz dos ingênuos

 

 

Dou-me a paz dos ingênuos
aqueles que veem pelas venezianas do quarto
que fechadas, obscurecem a vida
e garantem, apenas, farrapos de ar.

Dou-me tal direito, por inglória opção,
pois que para Dom Quixote não me faltariam lanças,
mas sim, os estigmas da honra
e a coragem dos heróis.

Dou-me a paz dos ingênuos
- ignara e torpe alcunha-
para nomear, envergonhado
a minha indisfarçável covardia.

 

 

 

 

 

 



Poema publicado no livro "Ubuntu - eu sou porque nós somos"
Edição 2020 - Dezembro de 2020

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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