Karla Matos Ferreira
Guapimirim / RJ

 

 

À espera de uma nova aurora

 


Minhas amigas e meus amigos,
Hoje vim aqui para lhes encontrar.
Vim falar de peito aberto
De uma doença triste, um vírus de matar!

Com o coração deprimido
Preciso lhes falar
Ninguém sabe de onde veio ao certo
E nem quando vai acabar!

Começou misteriosamente
Espalhando-se pelo mundo afora
Foi levando tudo que é gente
De qualquer lugar, a qualquer hora!

Sem controle, infelizmente,
Tornou-se uma pandemia sem demora.
Sem cerimônia, bem de repente,
Prendeu em casa criança, senhor e senhora!

O mundo todo ficou esquisito:
Não havia ninguém pelas ruas a andar!
Nas cidades os sinais ficavam abertos
Mas quase ninguém se via passar.

Hospitais foram erguidos:
Muita gente com falta de ar!
Os parentes nem podiam ficar perto
Para com a Covid não se contaminar!

Quem precisava sair de casa rapidamente
Usava máscara, como ainda agora.
As moças não viam seus pretendentes
Nem de longe, nem lá fora.

Mas a esperança, minha gente,
Só aumenta até na alma de quem chora!
Somos corpo, coração e mente.
Somos povo de fé que a Deus adora!

Muitos cientistas, enfermeiros e médicos
Buscando a cura encontrar.
Todos unidos, errando ou fazendo o certo,
Para um tratamento, a vacina, a todos salvar!

O mundo teria diminuído?
Só da vacina se ouvia falar!
Mesmo se o sujeito não fosse esperto
Queria do tão precioso remédio tomar!

E graças a tantos professores, formadores de mentes,
Que inspiraram a estudar a toda hora
Que muitos cientistas buscaram insistentemente
Descobrir vacinas, atendendo ao clamor de que ora!

Mas devo lhes dizer, amigavelmente,
Que quando a pandemia enfim for embora
E todos puderem andar mostrando rostos, sorrisos e dentes,
Os melhores remédios serão o abraço e apreciar uma nova aurora!

 

 

 

 

 




Poema publicado no livro "Vacinas, seringas...".
Edição 2021 - Abril de 2021

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