Rubens Alves Ferreira
Taguatinga / DF

 

 

Alana

 

... índole de rocha e pedra
Desvelando sentidos servis,
Lapidando Noesis:
Ideal multus e nome Celta
Suntuosidade prenhe de olhos.
O existencialismo abonando
Uma adoração dislecica
Como marco de conquista.
Sobem do chão, eflúvios;
E o vento silvando nexos físicos,
Um istmo confluindo vendaval metafísico.
Quem era presente, mal conseguiu
Tomar-se de si mesmo, aperceber-se
E então, evadiu-se, Alana...
... Depois... – do fascínio de tudo isso.
Abduzida por variáveis de adjetivos Seus...
Vaga no ectoplasma; e vez ou outra, num surto;
Numa equação mal estabilizada, ressurge
Na relatividade de tudo que trás.
Todos os olhares são Seus, então:
Mesmo com Seus Valentinus cuidados.
E tudo mais é novamente, inicial.
... Ilustre... uma suspensão.
Olhos fechados e os sentidos,
Controlados numa feição noêmica
Que procura unir transcendentalmente
Ideal e real na consecução do Ser.
Após a superação de - ismos
Surge o Ser em si, o Ser para si e aí
No Fenomenismo puro e definitivo:
Beleza, harmonia e força...

 

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos achados numa noite perdida" - Abril de 2019