João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Tunas / RS

 

 

O mar que eu ouvia soar

 

O mar que eu ouvia soar, o tempo ensurdeceu.
Nunca mais voltei a ouvi-lo como agora...
Também aquela fogueira que um dia ardeu
Já se apagou! Foi varrida pela aurora...

A água deste imenso mar já se escondeu;
O fogo da ardente fogueira foi embora
Um manto negro sobre a terra se estendeu
E um vento frio soprou pela outrora...

Tudo que eu vi ou ouvi não se distingue...
E se a vida os meus bens também extingue
Aproveitarei bem todos os vãos momentos...

A minha cabeça vai se abrir para o Direito
É o estudo que eu seguirei com jeito...
O qual vai fazer bem ao meu pensamento

 
 
Poema publicado no livro "Versos achados numa noite perdida" - Abril de 2019