Lourdes de Oliveira Silva
Capanema / PA

 

 

Somos todos assim

 

 

Máquina mortífera!
Mas, o que é uma máquina mortífera?
É o planeta em que vivemos,
É o mundo, é o universo!
Somos todos nós.

Máquina mortífera!
Somos peças fundamentais desta máquina
Estamos inseridos nela,
Então o que é uma máquina mortífera?
É a fome, a miséria, a corrupção, a demagogia,
A mentira, o egoísmo, as drogas, o ódio, a exploração...

Conviver em meio a tudo isto,
É fazer parte dela.
É alucinante!
É assustador!
Mas é a realidade.

E o que fazer para mudar o quadro?
Nada? Apenas esperar? Esperar?
Para ver o que acontecerá?
De braços cruzados?

Não! Vamos gritar,  chorar, questionar...
Alguém deverá ouvir,
Alguém deverá aparecer!

Mas quem?
Não sei.
Só sei que se continuarmos assim,
Cairemos no abismo,
No mais profundo dos abismos,
Cairemos nas garras das féras mortíferas,
Carnívoras, devoradoras...

Feras! mas que feras?
Nós, todos nós,
Todos nós somos assim...
Mortíferos, carnívoros, devoradores,
Mesquinhos...
É uma pena que sejamos assim,
Nós que fomos criados à semelhança de Deus.

Deus não é assim,
Deus é bom,
Criador de todas as coisas,
Do céu, da terra, do mar,
Do luar...
Deus é amor;
E amor é sublimação...

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos Brasileiros" - Fevereiro de 2018