Aldo Martin Sotero
Petrópolis / RJ

 

 

Poeta canalha

 

Não tenhas pena do poeta
que finge sangrar em versos
para simular uma dor que, tamanha
não sente, apenas a inventa cruel

Creias que é tudo artimanha
tramada sem o menor respeito
ele mostra cravado no peito
um punhal que nunca existiu
soluçando, sem pudor, o desejo
de provar, novamente, o teu mel

 

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos Brasileiros"- Edição 2019 - Março de 2020