André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

Quebra de sigilo...

 

 

Sou testemunha viva da maldade
Que esfacelou o que trazia ao peito
Batendo num compasso tão perfeito
Mantendo-me o vigor da puberdade...

Que tinha o valor da liberdade
Vencendo as distâncias do meu leito
Até os teus lençóis sem preconceito
Deixando-me entrar na intimidade...

Sou testemunha, ó mulher sem alma
Que me arrebentou do peito a calma
Quando deixou-me frio no altar...

Nenhum juiz agora dá a sentença
Para curar assim minha doença
E obrigar-te a preencher meu lar...

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos Brasileiros"- Edição 2019 - Março de 2020