Lourdes de Oliveira Silva
Capanema / PA
Bela árvore
Frondosa e bela árvore onde estás?
Teus verdes galhos, não os vejo mais!
O insensível homem com motor serra te dilacerou
Nem tuas raízes sobraram no rico solo
E o teu caule?
A mais bela forma de expressão,
Teus galhos eram, do poema a estrofação
E a folha em verso,
Se transformava com emoção.
Ó, frondosa árvore, eu não entendo
Porque o homem te jogou ao chão!
O infeliz parece irracional
Fazendo erguer com decisão
Ferro, concreto e aramão.
O covarde não escutou o teu clamor
Sem piedade, te cortou e te queimou
E o arranha-céu em teu lugar petrificou
Enjaulado, ele vive hoje, sufocado,
Sem liberdade e sem contato
Com verdes galhos,
A luz do sol, já não a tem
Com o mesmo brilho,
E o luar? É uma pena,
Já não percebe.
O ar poluído é consequência de seus atos
E os animais, qual o destino?
Pra onde foram?
Seu habitat, por maldade foi destruído!
Ó, maldito homem!
Por que mutilas?
Por que degradas?
Por que planejas teu triste fim?
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