Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

Primavera da libertação

 

Não sou prosa construída nem poesia definida
Mas tenho um verso no bolso para lhe ofertar
Um verso diferente, um verso híbrido,
Guardado em minha memória clandestina...
Um verso que possa chegar a ti
Como um suave toque singelo da palavra desarmada
Que em sua singularidade reveste-se de um mundo plural...
De um mundo que se transcende em sua construção...

Este verso se diversifica e se contamina
pela constelação do conhecimento,
Pelo arquipélago do prazer, pelo cardume de sentimentos
Que aflora num segundo eterno o seu sentido...
Identificando-se com o mar que é misterioso por excelência...
Verso que se transformará quando a ti chegar...
Como leveza da água, cristalina, leve e líquida,
Como potencializada flor da conscientização...
Anunciando a chegada da estação do amor, da beleza, harmonia,
Das flores do bem-querer...
Produzindo versos que enchem de alma e alegria infinita
A poesia que se faz ouvir dentro do coração do profícuo leitor
Que se apropria deste rio chamado VIDA
E desta casa chamada TERRA
Absorvendo-se das letras que deságuam no oceano dos sentidos
A libertação de um povo que se ergue
Na primavera da libertação.

(Ao amigo Aurelino, na admiração e na gratidão!)

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos Cinzas" - Janeiro de 2018