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Nicolly Bueno
Presidente Venceslau / SP

 

Alma poética


Foi numa manhã de inverno, silencioso e angustiante
Que entre ânsia e desesperança, perguntei a Drummond:
- Que pode uma alma senão entre almas viver e amar?
“Amar a nossa falta mesma de amor?”...

Não tive resposta porque a dor da saudade era tanta
Que meu corpo doente resignou-se com o que disse Camões...
“Amor é fogo que arde sem se ver (...)
É dor que desatina sem doer” (...)

Inquieta, minh´alma persistente queria sentir
O amor puro que só Deus pode entender...
Não há pecado quando duas almas se amam
E por esse amor nasce a razão de existir.

Melancólica, mas amando, lembrei-me do poetinha Vinícius
Ao dizer que a solidão é o triste fim de quem ama
E por você, amor, meu delírio é sonho tão constante
Que te amarei dentro da eternidade e a todo instante.

Salve Florbela por me fazer amar perdidamente
Mesmo que a indiferença seja minha recompensa
Hei de ser forte o bastante para suavemente
Viver a vida com a alma de poeta que tudo sente.

 

(Para Guilherme Cola Martins)

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos d'Alma" - Agosto de 2016