José Airton Memória da Silva
Valparaíso de Goiás / GO

 

 

Soneto ao pior do homem

 

Seres abomináveis e sem alma
No cintilar do sangue como espelho
Em mortífera ira que não se acalma
Diante das lágrimas, do sol vermelho,

De aflição e vergonha por esse trauma
Que se pudesse rogaria de joelho
Pelo bem de Gaia, que em dor se faz calma
E num apelo sem voz, o aconselho

A lutar pra que a raiva não o tome
Em espírito de arrasar a Terra
Frente a tanta ganância que o consome

Afinal você é homem que sempre erra
À sombra do mal sem rosto e sem nome
E que se fez só pra viver de guerra

 

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos cinzas"- Edição 2019 - Dezembro de 2019