André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

Por onde quer que eu vá

Por onde quer que eu vá... Por onde quer que eu passe
Eu passo sem levar e sem deixar pegadas
Eu sou mais leve que o ar das madrugadas
Que quase ninguém sente nem se madrugasse...

Por onde quer que eu veja... Onde quem olhasse
Jamais me enxergaria em luzes apagadas,
Nem mesmo acesas, em mil sóis, imaginadas
Pois incapaz é de me ver, nem face a face...

Por onde eu te levar... Nem sempre irás comigo
Em carne e osso, esta casa em quem me abrigo
Apenas levo-te qual leve pluma ao vento...

Ainda não, não fales quem eu sou agora...
Neste segundo deixes que eu te leve embora
Em um minuto voo... Sou teu pensamento...