Sandra Helena Andrade de Oliveira
A parede
Pinto a parede branca como se fosse para curar
as imperfeições da vida Anseio a pureza da cor que se harmoniza com outras, a colorir a vida A alma que suspira o cheiro do suor que vai descendo no corpo em cada movimento do pincel Na subida e descida o espaço se transforma E a cada dia o reflexo enche meu significar com o pincelar de reescrever a minha história Na parede branca pronta pra desenhar o meu viver Os silêncios borrados nas tristezas já não podem ficar Foram cobertos com lágrimas no olhar Não porque estou triste, mas por um pingo de tinta que caiu no olho Lavo com água para abrir o clarão Clarear a vida como a parede que branquíssima agora está Sou eu sim, agora estou assim Sussurrando de alegria Serena e límpida Com o sol brilhando todos os dias.
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Poema
publicado no livro "Versos Cantados". Edição 2022 - Maio de 2022 |
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