João Riel de Oliveira Brito
São Paulo / SP
A hora em que tudo se acaba
Tudo se acaba como uma triste ausência
Nada nunca volta nem nos frios do outono
Algo me faz frêmito, uma espécie de violência
Fraqueza, temor, silêncio, magoa, abandono...
Tenho medo de viver e ter que pedir clemência
Aos que não tem fé, nem amor, e nem dono
Vejo tudo que era meu em uma benevolência
Fecho meus olhos claros de tristeza e não de sono...
Todas as negações, todas as afirmações negativas
Voltam ao meu acabar e causam-me tormento
Soltei então minha melancolia vaga e pensativa
Em um mar negro de puro esquecimento...
Minha vida acaba na dor que me cativa
Essa é a hora em que tudo vira lamento...