Claudia Fontenele Alves da Silva
Águas Claras / DF

 

Beija-me

 

Minha boca sedenta está
Dos teus beijos
Já ausentes, frementes.
Minha boca solitária
Agrega tristeza e pesar
Dos teus beijos
Já esquecidos, adormecidos.
Minha boca agridoce
Dos teus beijos
Espera sorver o néctar da felicidade.
Beija-me com os beijos febricitantes
De tua boca presente.
Sonetos de solidão,
Beijos de inquietação
Minha boca aguarda
Enquanto escrevo de paixão
Minha boca sedenta está
Dos teus beijos
Ainda sentidos, nunca esquecidos.
Beija-me com sofreguidão.

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos que não se calam"- Edição Especial - Janeiro de 2017