Gabriel Antonio Ogaya Joerke
Cuiabá / MT

 

A Lua coquete

 

 

Parecia que sua barriga
Tocaria o vale mágico,
Tão fofa se encontrava.

Vestia-se
De azul-claro intenso,
Reforçado por prata vivaz.

Era seu dia,
Sua noite e sua madrugada.
Já esta a postos, logo se casaria,
A lua coquete.

Balançava-se apaixonadamente
Pela imensidão do firmamento.
Um eterno vai-e-vem
De felicidade arrebatadora.

Aguardava, por vezes, inquieta
O surgimento da aurora,
Para com ela agasalhar,
Seu amado madrugador.

Ele chegaria morno de início,
Até abraça-la com seus raios soberanos,
Próprios de um sol radiante.

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos que não se calam"- Edição Especial - Janeiro de 2017