Marta Trevisol
Frederico Westphalen / RS
Vida
Concentra-se, diz a vida
tão somente refletida
nos olhos de minha alma
Que goteja na recusa de aceitar
Na cidade de pedras
A vida se agita
Dissipa-se no som suave da falta de oxigênio
Qual gota de orvalho presa na máscara da vida
Na amplitude do tempo a vida se estica
Desdobra e contorcer-se...
Qual bailarina no palco da vida.
Mas, na cidade de pedras
A vida agitada jamais quer parar
nem cogita dividir-se
o amor e a vida vão descolorindo
Deixando a vida
Sem vida
O sorriso do artista
Sem riso
O amor pela vida
Desesperançado apenas contempla
O homem da cidade de pedra.
Num passado distante onde
Imponente e altivo deixa-se
Vestir de máscara para somente então lutar
Uma guerra silenciosa com a vida.