José Ricardo Hora Vidal
Valença / BA

 

 

Fogo de Beltane

 

 

O bardo dança em volta da estrela cristalina,
Vendo faíscas e fogos saltitando na escuridão.
Sortilégios ele entoa na sua cornamusa ferina,
Enquanto seus versos conquistam a imensidão.

Noite de mistérios quentes como uma turmalina
Colhida nalgum templo perdido no Hindustão,
Beltane é tempo de fogueira sagrada e feminina,
Quando poesia e magia, sobre o luar, se unirão.

O bardo rouba a música de cada esfera celestial,
Desafia todos os cometas com seu cantar fremente,
Com suas estrofes faz serenar ventanias e trovões.

E o bardo dança e delira! Vibra com força marcial,
Rompendo cada fibra de suas entranhas ardentes,
Para fustigar os deuses com o mel de suas canções.

 

 

 

 

 




Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 200
Novembro de 2021

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