Aldo Martin Sotero Petrópolis / RJ     Distâncias     No prato feijão tiquinho de arroz, farofa, às vezes um ovo estalado... Sempre assim... a marmita do pobre é sempre salgada na fé do Senhor. O sonho do bife está mais uma vez adiado, ficou pro banquete prometido para o dia da Redenção quando então o pão, repartido, passando de mão em mão, não terá o gosto sofrido do suor que tempera o salmão na mesa do outro senhor.

Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 202 Janeiro de 2022

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