João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Porto Alegre / RS

 

 

Mortes na estrada

 

 

Quando pequeno enxergava cruzes na estrada
Indo para escola e meio triste que eu ia
Com o tempo percebi que eram vidas matadas
Comecei a ficar com medo do meu dia a dia

Eu escutava tiros , gritos, balas perdidas...
No momento já pensava em quem morria
Sempre era o final de uma pobre vida
Mais uma pessoa que da vila sumia

Meu avô e meu pai iam lá para ver
Ajudavam o individuo matado
Tentando ainda quem sabe socorrer

Buscando auxilio ao ser necessitado
As mortes que eu vi carrego ainda comigo
E as cruzes que lembro eram dos finados...

 

 




Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 202
Janeiro de 2022

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