João Riel de Oliveira Brito
Porto Alegre / RS

 

A carta que eu nunca li

 

 

Quando lembro das coisas que eu já passei
Das cartas rimadas dessa minha vida
Que eu deixei passar assim despercebida
Nem com um magoado olhar eu sequer olhei.

A carta que eu nunca li ainda existe eu sei !
Basta eu encontrar e ver o que tem nela contida
A neve que cai atrasa cada vez mais minha partida
Fico aqui triste e choro a lágrima que eu não chorei.

A carta que eu nunca li falava do meu futuro e a sorte
Que eu teria durante minha tão esperada e grande sina
Estou a lendo, mas ela fala de perdas de pessoas e morte.

A carta que eu nunca li de certa forma me abomina.
A neve que caia findou-se, sopra agora o vento norte
O que emudece a vida e fatos futuros predestina...

 

 

 

 

 




Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 204
Março de 2022

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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