Denise Pinheiro Mourão
Belém / PA

 

Ofício de poeta

 

 

Ah! essa vontade indomável
de escrever e reescrever.
Vontade de transbordar palavras
como sementes...
Vontade de alcançar
o íntimo das pessoas,
para que sintam a emoção
que a gente sente.
Ah! essa prenhez constante
que incomoda e até sufoca,
precisamos desabafar...
Ah! essa liquidez absurda
que torna muda, quem tanto escreve...
Como  posso converter
esse coração poeta, que só
escreve e é tímido no falar!
Quisera eu cada palavra que escrevo
chegasse a quem destino...
Quisera eu que, cada mensagem
que declaro causasse
amor no meu destino...
Sou poeta e não posso esconder
a sensibilidade que existe em seu ser.
Sou poeta, e posso entender
a doce delícia de tanto escrever!

 

 

 

 

 




Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 204
Março de 2022

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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