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Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

 

Voz do silêncio

 

Quando estamos próximo de nós mesmos
É aí que estamos longe…
Pois longe é o lugar aonde habita a voz
Que não se diz verbal ou imageticamente

Quando estamos próximo de nós mesmos
Sentimos a ausência da voz coletiva
Que habita no longínquo lugar da morada das vozes
Grande muralha que separa o ser do ter

Quando derrubamos a “muralha”
Que nos impede ver a nós mesmos
Alcançamos a morada das habitáveis vozes
Morada que só por meio da poesia se pode sentir

A este sentimento que alcança o nosso ser
Longe de si ou perto de si
O poeta singularmente chama de Silêncio
Silêncio que liberta o ser da invasão nefasta
Do barulho estúpido oriundo de tantas indesejáveis
Perdidas vozes do não-silêncio!

 




Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 205
Abril de 2022

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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