O passado nem deixou lembranças
Foi-se levando meu nada
[esse nada intenso que foi minha vida.]
Não tenho história
[por isso averto no presente
Em busca de uma nova trajetória
Que me justifique na saída].
...
Vivi tão-somente vida oca,
De nada extremo,
De zero absoluto.
Hoje, vivo, o banal
De quem já nem percebe a esperança.
Pela boca só esparjo vento
Sem odor, sons nem nuança
E pelas mãos só expresso meu luto.