Isabel Cristina Silva Vargas
Pelotas / RS

 

 

Solitudine

 

 

Meus olhos fitam o teto do quarto
Relicário  de um  corpo solitário,
Abandonado, sem ânimo  e calor
Que não  se conforma com a solidão.

Os pingos da chuva caem em consonância
Com minha alma sofrida, morimbunda e enclausurada.
Eles caem por mim.Pelo abandono,
De tudo que era, e que fazia sentido.

Perdi pessoas que amava,
A saúde, a esperança, a alegria,
Os objetivos de vida,
A empatia com a felicidade.

Aos poucos fui me entregando
Esvaziando-me de tudo  que me mantinha
Viva, feliz, empolgada com o futuro.
Hoje o futuro é  amargura.






Poema "Antologia de Poetas Brasileiros "-Volume 208
Setembro de 2022

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