Rozelene Furtado de Lima
Teresópolis / RJ
A gula
Quem regula o desejo da gula?
Ninguém, porque todos a tem
A gula é faminta de amor pelo que for
É sedenta de sonhos risonhos
Nós humanos somos alvo desses enganos
Primeiro temos ambição por dinheiro
Depois por acesso ao sucesso
A busca concorrida por glórias definidas
A gula transita pela cobiça sozinha
Quem vive por ela, o próximo não é máximo
Vive na jornada que leva a um nada
Reclama sem amar e não se ama
Inconveniente segue como paciente
Andando na trilha da armadilha
Voraz por um momento fugaz
Voa com o vento por divertimento
A gula é atrevida, esfomeada come a vida
Seu apetite insaciável é fator sem limite
Na zona do conforto torto, dorme
Dorme com o tempo como passatempo
Sem se conhecer vive sem saber
Que o conhecimento é o alimento
Viver sem gula no mundo que circula
É desafio conseguir sair desse vazio
O divisor para esse sentimento é o amor
Tem que ser audaz para amar em paz