Luís Carlos Soeiro
Castelo / ES

 

 

 

Não tem jeito...

 

 
Da calçada, pela fresta da janela,
lhe vejo, linda, insinuante, quase nua,
com brilho próprio e inebriante olor,
despertando meu mais profundo desejo...

E lhe vejo ali, ao lado da cristaleira,
acariciada pelo seu dono,
(sujeito egoísta desumano)
como que insinuando em resposta
ao meu olhar, que me negaria um
pouco de você, graça gostosa!!!

Ah, se você soubesse como lhe quero,
guloso, ansioso, por um simples
gole seu, cachacinha gostosa!!!

 

Poema "Antologia de Poetas Brasileiros "-Volume 224
Janeiro de 2024

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