João Riel de Oliveira Brito
Porto Alegre / RS
Aquele quarto
Aquele quarto no qual eu já dormi tanto
Nunca será o mesmo depois que eu mudei
Ali eu dormia sob um som de acalanto
Mas tudo se acabou e eu nem me flagrei
Hoje a saudade aquela antiga que dói quando
Eu me lembro do quarto que eu tanto gostei
Mas ele se acabou com o findar de um canto
Foi aí que percebi o quanto me transformei...
Tentei gozar da minha breve existência rude
Ignorando o quarto e da mente tudo esquecendo
Naveguei então em um infindo e profundo açude
Senti-me isolado no mundo mesmo todos me vendo
Tentando voltar a minha vida normal, mas não pude
Noto muitas coisas estranhas ao meu lado acontecendo