Anchieta Alves de Santana
Uruçuí / PI
Frenesi enrustido
Caiu,
[de modo subjetivo,
No laço do meu pensamento
Uma gota de poesia egocêntrica
Dando conta da saudade
Que persiste involuntariamente
Em pintar os meus singelos dias
Com a tinta esparsa da solidão.
E, num passo de magia sorrateira
Essa gota incontida se transmutou
Num poderoso e envolvente oceano...
...Um mar de lamentações!
E nesse processo macilento
Transformei-me num pingo solitário
Desvairado nos braços infecundos
De um mundo desconhecido.
E ainda perdido,
Bailei desnorteado-em quase frenesi
Ouvindo os sussurros harmoniosos
Da alma faceira dos meus sonhos.