Teresa Cristina Cerqueira de Sousa
Piracuruca / PI

 

 

 

Sol de outubro

 


O Sol de outubro acordou com preguiça,
Então, esticou-se cheio de luzes,
Logo após a reza do fim da missa,
Abrigando-se nas nuvens, por vezes.

“Vou brincar de ser fogo”, disse arteiro.
Quando falou ringiu os raios claros,
Concentrado sempre em ser o primeiro,
A estalar a seca nos ventos raros.

A terra, assim queimada, sob o impacto
Do Sol de outubro, aos olhos do sertão,
Ferve matando o cobertor do chão.

E no dia afora, você ou eu,
(Até mesmo em hora de seu apogeu)
Quem mais pode ser dono do relato?

 

 

 




Poema publicado no "Livro de Ouro Poesias "- Edição 2021 - Outubro de 2021

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