Rita de Cassia Gimenes
Florianópolis / SC
Saudadinha de você, meu caboclo
Saudadinha de você meu poeta,
daqueles dias em que a gente
se inventava embaixo da amendoeira
no quintal do Ananias...
E você jorrando versos
ao léu da noite
cheinho de má intenção.
Que saudadinha, caboclo,
quando depois de todas as rimas
a gente se enrolava por ali mesmo
espargindo tanto amor, mas tanto amor,
que até as maritacas
paravam com a gritaria
só pra gozar com a gente
até o sol nascer.