Paulo Martorano
Suzano / SP

 

 

Tudo

 

Tudo que vejo…
Eu julgo!
Pra me arrepender depois ou não
Eu e as minhas mil faces…

Há um grande vazio em mim…
Mas, eu reprimo!
Admiro o mais belo jardim
E sigo em frente…

O mundo está doente…
Eu lamento!
Só tenho pena das pessoas inocentes…
Que sobrevivem de migalhas

As pessoas precisam saber ouvir…
Eu até tolero muito!
Agradeço toda sinceridade…
Mas, não admito falta de respeito

Quem sabe um dia
Eu possa dizer tudo o que sinto…
Sem teorias, sem fundamentos?

Agora, eu absolvo os meus pensamentos
Mas, sei que sou escravo dos meus julgamentos
Apesar de tudo, agradeço por estar vivo…

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 152 - Setembro de 2017